domingo, 27 de março de 2011
Aula Inaugural do Instituto de Artes
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Manifesto do CAFAU pela liberdade de expressão na UnB.
Centro Acadêmico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília
MANIFESTO PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA UNIVERSIDADE
"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
Eduardo Galeano
“Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”
Mário Quintana
A Universidade se constrói a partir de utopias e caminhada. A UnB foi criada como utopia. Imaginada como espaço de trocas de conhecimento e transformação. Ao longo de seus quase 50 anos, a UnB passou por caminhos tortuosos, obscuros, mas permaneceu de pé, sempre alimentada pela utopia de transformar o Brasil em um país mais justo e igualitário. Hoje vivemos um momento de profundas transformações na Universidade, que por um lado, caminha para uma maior democratização do acesso e requalificação de seus espaços mas por outro lado convive com o câncer da repressão a seus estudantes.
1968: A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo foi fechada por estudantes que exigiam melhores condições de ensino. O lema era:“Queremos formação e não formatura”.
2011: Três estudantes da UnB, ex-membros do CAFAU, são processados judicialmente por haverem no ano anterior protestado com a montagem de uma instalação artística, contra a metodologia de ensino adotada em uma disciplina. O lema parece ser: “Vocês vão ter que engolir”.
Este é o primeiro processo movido contra estudantes desde a ditadura militar de 1964-1985. É impossível para nós por meio deste documento expressar a profundidade de nossa indignação diante desta atitude arbitrária contra a liberdade de expressão dos estudantes. É uma ofensa aos Direitos Fundamentais garantidos pela Constituição Federal e à comunidade universitária.
É direito de qualquer cidadão apresentar críticas que visem à melhora de um serviço público. Nesse caso a crítica veio com arte, e a resposta dada foi absolutamente desproporcional, visto que além de despropositada na forma, demonstra uma tentativa de dividir o movimento estudantil, processando indivíduos e não o coletivo, representado pelo CAFAU. Consta ainda na lista de absurdos o fato de que as câmeras de segurança da Universidade foram utilizadas para a identificação dos autores da intervenção artística, desvirtuando completamente o sentido do sistema de vigilância. Algo que deveria ser utilizado com a finalidade de proteger os estudantes é utilizado para reprimi-los.
Darcy nos ensinou que “numa Universidade tudo é discutível”, inclusive os mecanismos utilizados para a troca do conhecimento, é papel dos estudantes promover o debate que gere a melhora contínua do ensino da pesquisa e da extensão. Darcy também ensina que não devemos nos resignar, e nesse sentido, aprendendo com mestre, não vamos nos calar diante das injustiças. Nossa utopia hoje é transformar esta Universidade em um espaço de diálogo franco, onde ninguém seja reprimido por manifestar uma opinião que busque o aperfeiçoamento das coisas, e não pretendemos deixar sequer um dia de caminhar até esse ideal.
Brasília, cidade nascida da utopia, 02 de fevereiro de 2011.
CAFAU
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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
51º COMETA CENAS
Segunda-feira, 31 de Janeiro de 2011
13h
Espetáculo
FARSA DA BOA PREGUIÇA – ATO 1
Disciplina: Prática de Montagem
Orientação: Cecília Borges
Sinopse: Nesta montagem aproveitamos o material favorecido pela critica bem humorada de Ariano Suassuna na Farsa da Boa Preguiça, para através das personagens-tipo nos divertimos buscando a comunicação direta com a platéia, em três capítulos, apresentados em dias diferentes.
Elenco: Michele Santini, Ramayana Régis, Marcos Davi, Elise Hirako, Júlia Porto, Fernanda Jacob, Mariana Brites, Karine Ribeiro, Andrea Macedo, Érica Rodrigues, Stephanie Marques, Rodrigo Issa, Luisa Ribeiro, Natasha Padilha, Paulo Victor Gandra e Loreta Martins.
Duração: 60 min
Classificação: Livre
Local: Com chuva: ICC Norte - Ceubinho / Sem chuva: RU
14h
Exercício
CANDIDATO
Disciplina: A Voz e a Palavra na Performance Teatral Contemporânea 1
Orientação: César Lignelli
Iluminação: Rita Cruz
Sinopse: Um teste psicológico com recursos inesperados
Elenco: Malena Bonfim, Lorena Pires, Isabela Pina, Eric Costa, Anahí Nogueira, Clarice César, João V. Borges, Luciana Matias, Gleide Firmino e Jaqueline Ribeiro
Duração: 5 apresentações de 20min cada
Classificação: 12 anos
Sala: BSS-51 – 10 Pessoas
16h
Espetáculo
O JUIZ DOS DIVORCIOS
Disciplina: A palavra em Performance
Orientação: Fernando Martins
Assitência técnica: Filipe Daniel (sonoplastia/contraregragem)
Sinopse: A peça apresenta inúmeros casais frente a um juiz que se recusa a promover as separações.
Elenco: Marley Ferreira, Daniel Costa, Deise Barros, Mariana Brites, Albert Carneiro, Vinicius Santana, Jessica Gandara, Thaisa Mendes, Yara Ferreira, Mirella Façanha, Fernanda Alpino, Amanda Greco, Izabele Pimenta, Karen Monteiro, Alexandra Dutra, Bruno Lehx, Denver Lacerda, Francisco Costa, Guilherme Zaiden, Jessica Grehs, Jessica Freitas, Giselle Ando, Julia Lino, Lidiane Carvalho, Lucas Carvalho, Pricila Leite, Tamires Franco, Luiza Ribeiro, Taynara Vales e Douglas Menezes
Duração: 120 min
Classificação: livre
Sala: BSS-59 – 40 Pessoas
19h
Exercício
MEDEIA NA CAIXA
Disciplina: Teorias e Processos Criativos para a Cena
Orientação: Rita de Castro
Sinopse: Leitura dramática da tragédia de Eurípedes
Elenco: Anahí Nogueira, Malena Bonfin, Isabella Pina, Lorena Pires, Haila Beatriz, Erica Rodrigues, Filipe Daniel e Isabela Monterissi
Duração: 90 min
Classificação: 12 anos
Sala: BSS-59 – 40 Pessoas
20h
Exercício
QUEM TEM MEDO DO DESEJO?
Disciplina: Interpretação Teatral 2
Orientação: Cyntia Carla
Sinopse: Quem tem medo do desejo? É o resultado do trabalho final da disciplina IT2. Exercícios de Stanislavisk em cima das obras Quem tem medo de Virginia Wolf? Um bonde chamado desejo. Um misto de paixão e ódio.
Elenco: Clara Lobato, Bruno Lehx, Claudia, Guilherme Zaiden, Jane Blandina, Mirella Façanha, Monica Gaspar, Paco Leal, Livia Oliveira, Raissa Pamplona, Jessica Gandara e João Vitor Borges.
Duração: 90 min
Classificação: 12 anos
Sala: BT-16 – 30 Pessoas
21h
Espetáculo
MALVA-ROSA (AGRESTE)
Disciplina: Interpretação e Montagem
Orientação: Alice Stefânia
Sinopse: “Eram um casal benquisto. Discretos. Pouco Festivos. Trabalhadores. Sem filhos. Como marido e mulher viveram por 22 anos. Até hoje.
Elenco: Ramayana Régis, Rita Cruz, Cleide Mendes, Michele Santini, Caio Lins, Eros Bittencourt, Diego Borges e Bernardo Côrtez
Duração: 60 min
Classificação: 18 anos
Local: Teatro Helena Barcellos – 100 Pessoasquinta-feira, 27 de janeiro de 2011
51º COMETA CENAS
14h30
Roda de Conversa
O ENSINO DE TEATRO NO DF – UM BICHO DE 7 CABEÇAS?
Disciplina: Estágio Supervisionado em Artes Cênicas 1
Orientação: Jonas Sales
Sinopse: A roda de conversa pretende discutir e contextualizar o ensino de teatro, refletindo sobre as dificuldades reais, perspectivas e polivalência que transitam neste universo.
Elenco: Estágio Supervisionado em Artes Cênicas 1 e convidados
Duração: 120 min
Classificação: livre
Sala: B1-16 – 40 Pessoas
19h
Espetáculo
MEMORIAS DE OMULU
Disciplina: Projeto de Diplomação
Orientação: Cecília Borges
Direção: Izabel Romão
Sinopse: Um corpo em chagas na memória de Omulu, a sua saga. Caetana, morte e vida
Elenco: Jones de Jesus e Izabel Romão
Duração: 60 min
Classificação: 16 anos
Sala: BSS-51 – 40 Pessoas
21h
Espetáculo
À MODA DA CASA
Disciplina: Diplomação em Interpretação Teatral
Orientação: Bidô Galvão
Sinopse: Está tudo em ordem? Espero que você esteja realmente com apetite e que apreciem o menu. Aceita um cafezinho à moda da casa?
Elenco: Elisa Carneiro, Lívia Fernandez, Luiz Felipe Ferreira, Marítissa Arantes, Nina Dutra, Poliana Pieratti, Rafael Gomes, Tamara Menezes e Tiago Cruvinel.
Duração: 90 min
Classificação: 14 anos
Local: Teatro Helena Barcellos – 100 Pessoas
Matéria sobre os Centros Acadêmicos no Correio Brasiliense
Atividades dos centros acadêmicos não se resumem à organização de festas
Murilo Rodrigues Alves
Especial para o Correio
Além das festas, que viraram notícia nos últimos dias por irregularidades como consumo de bebidas alcoólicas e drogas dentro do câmpus da UnB, os centros acadêmicos (CA’s) também são responsáveis por funções importantes para o funcionamento de uma universidade aberta ao diálogo e à participação dos três segmentos: alunos, professores e servidores.
Os CA’s são entidades que representam todos os estudantes de um curso. Por isso, precisam manter contato direto com os alunos, por meio de debates, palestras, reuniões e discussões abertas a todos e de forma democrática. A atuação dos centros acadêmicos engloba desde ações que dizem respeito diretamente ao curso, como a regulamentação da profissão e a oferta de estágios, até mobilizações de estudantes para protestos contra um episódio político, por exemplo.
“Somos a melhor forma de representação para os alunos dentro do câmpus e perante à sociedade”, diz o presidente do centro acadêmico de Relações Internacionais (CAREL), Paulo Yoshimoto. Há seis meses na presidência do CA, o estudante afirma que a maior parte das entidades estudantis da UnB estão organizadas como pessoas jurídicas e seguem à risca as obrigações de controle das chaves do espaço destinada a elas, de manutenção dos móveis que existem no lugar e de respeito ao que diz o estatuto da entidade.
De acordo com a Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (DEA), existem 69 centros acadêmicos na UnB, sendo que 26 estão irregulares por falta de documentação, como a ata de posse dos membros de uma gestão após a posse. Ao todo, a UnB possui 103 cursos de graduação.
Para um dos coordenadores do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Jonatas Moreth, os CA’s são o elo de ligação entre alunos, coordenações de curso, DCE e reitoria. “O DCE só é forte com um trabalho conjunto com os centros acadêmicos para a fortalização do movimento estudantil e a busca da qualidade na universidade”, diz.
É o que tenta fazer na prática o centro acadêmico de Arquitetura e Urbanismo. Segundo o diretor de relações externas, José Henrique Freitas, o CAFAU atua tanto para intermediar as discussões sobre os problemas encontrados no cotidiano, como mudanças de currículo, horário de aulas e falta de professores, como também desenvolve projetos paralelos com os alunos. Neste semestre, eles adotaram o movimento contra o trote violento e planejam receber os próximos calouros com atividades de intervenção urbana, com limpeza de pichações e pintura de muros pela cidade.
O espaço destinado aos centros acadêmicos da UnB também são usados como uma área onde os alunos esperam o intervalo das aulas. Como a grade horária dos estudantes não é fechada, há horários vazios, chamados de “janelas”, nos quais os alunos precisam esperar o início da outra aula sem ter tempo de ir embora para casa e voltar. Durante esse tempo, eles usam a sala do CA para descansar, jogar videogame ou cartas, conversar com outros alunos de semestres diferentes.
É por esse motivo que cerca de 50 estudantes de engenharia de produção ocuparam duas salas do prédio da Faculdade de Tecnologia no dia 16/1. A ocupação, que ainda persiste, é uma forma de eles reivindicarem um lugar para o funcionamento do centro acadêmico do curso, criado no segundo semestre de 2009.
“Para dizer a verdade, o que a gente mais odeia fazer é festa”, diz José Henrique. O estudante reclama do trabalho com limpeza, segurança e controle das cerca de 500 pessoas para não depredarem o patrimônio público. Por outro lado, segundo ele, os festejos são a melhor forma de ganhar dinheiro, que vai ser usado, posteriormente, para melhorias na estrutura do CA ou auxílio a atividades discentes, como passagens para apresentar concursos em outras regiões do país.
Na opinião do coordenador-geral do DCE, os problemas decorrentes das festas promovidas pelos centros acadêmicos só serão resolvidos com a aprovação das novas diretrizes de convivência dentro do câmpus. “Elas serão importantes para que todos, incluindo os CA’s, conheçam os critérios e possam respeitá-los, com a possibilidade de punição caso não cumpram”, afirma. O texto das novas diretrizes será disponibilizado para consulta pública entre os dias 28 de janeiro e 11 de fevereiro.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
CULT divulga calendário do VII Enecult
Dias do evento: 3, 4 e 5 de agosto de 2011
Submissão dos textos e propostas de mesas redondas e intervenções artísticas: 1º a 31 de março de 2011
Avaliação: 1º a 30 de abril de 2011
Divulgação do resultado: 5 de maio
Inscrições: 5 de maio a 30 de junho de 2011
A sétima edição conta com várias novidades. Além da mudança de data (de maio para agosto), nesse ano as propostas de intervenções artísticas também poderão ser encaminhadas de acordo com as áreas temáticas do Enecult. Novas áreas foram criadas para atender o perfil dos trabalhos que vem sendo apresentados no evento.
Os prazos e normas para submissão dos textos, mesas redondas e intervenções artísticas estarão disponíveis em breve no site.
O Enecult é realizado pelo Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT), Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Pós-Cultura), Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (IHAC) e Faculdade de Comunicação (FACOM), instituições da Universidade Federal da Bahia (UFBA).